Novo mediador internacional descreve situação na Síria como assustadora
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Brahimi apresentou uma análise nada animadora do que ocorre na Síria diante da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. «O número de mortos é assombroso, a destruição alcança proporções catastróficas e o sofrimento dos civis é imenso».
Ele alertou que a guerra civil se torna mais intensa a cada dia e que uma ação internacional coordenada é indispensável e urgente.
Brahimi assumiu sábado o posto de enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe à Síria, sucedendo o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan, que fracassou com seu plano de cessar-fogo e tentativa de diálogo entre governo e oposição sírias.
Durante entrevista concedida à emissora britânica BBC, o mediador havia se declarado muito pessimista em relação à sua missão no país, que qualificou de quase impossível. Entretanto, durante a reunião na ONU o argelino afirmou que mantém a esperança de encontrar uma solução pacífica para o conflito armado.
«Estou ansioso para visitar Damasco daqui a alguns dias, assim como espero a ajuda de todos os países possíveis para tornar o processo de paz uma realidade», declarou. «O futuro da Síria será construído pela sua população e mais ninguém. Mas a contribuição da comunidade internacional é indispensável e urgente. Só teremos sucesso se caminharmos na mesma direção.»
Críticas
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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou nesta terça que os países que enviam armas à Síria ampliam a miséria, e pediu aos governos para ajudar a pôr fim à guerra. «Quem fornece armas a qualquer das partes apenas contribui para expandir a miséria e o risco de consequências imprevistas num momento no qual a luta se intensifica e se amplia», disse o secretário-geral aos 193 membros da Assembleia.
O ministro do Exterior da Alemanha, Guido Westerwelle, voltou a criticar nesta quarta-feira a Rússia e a China por bloquearem medidas mais severas contra o governo sírio no Conselho de Segurança da ONU. A Alemanha está na presidência rotativa do conselho durante o mês de setembro.
«Está claro que a responsabilidade é dos países que ainda insistem em proteger o governo de Bashar al-Assad», disse Westerwelle, em Viena.
Escalada de mortes
O exército sírio atacou na madrugada desta quarta-feira bairros de Aleppo controlados pelos rebeldes, causando a morte a 19 pessoas, entre as quais sete crianças, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), organização oposicionista baseada em Londres.
Dez civis foram mortos no bairro de Bustan al-Qasr e nove corpos foram encontrados nos bairros de Marjeh e Hanano, informou o OSDH.
RO/afp/dpa/rtr/lusa Revisão: Alexandre Schossler
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